
Em tempos que já lá vão, vagueava pelos montes um humilde pastor. Durante o dia, pasta levava o rebanho pelos montes verdejantes que servia m de alimento aos animais. Mas, ao anoitecer, encaminhava-se para uma rocha e sentava-se olhar as estrelas.
Aí, encontraram a sua única amiga – uma estrela –, a quem, noite após noite, segredava amarguras, pois sentia-se muito infeliz e muito sozinho. Nem o vento, nem a chuva, nem a neve o detinha. Mesmo que rebentasse a maior das tempestades, ele não faltava ao encontro.
Esta história chegou aos ouvidos do rei, que ficou pasmado.
Então havia um pastor que possuía uma estrela? Tinha que lha comprar!
Bem ofereceu riquezas, que de nada lhe serviu.
- Há coisas que não tem preço! -disse o rapaz Não vendo!
Os anos passaram e, um dia, o pastor morreu.
Diz-se que a estrela nunca mais voltou a brincar no firmamento. Mas também há quem garanta que ela volta sempre à noitinha em busca do pastor.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada (Pesquisa de José Moura)
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